O jornalista Ricardo Kotscho (foto) acaba de lançar o livro “Do Golpe ao Planalto – Uma vida de Repórter”. A obra analisa as mudanças que aconteceram no jornalismo do Brasil desde o golpe militar de 1964 até o ano de 2002. Kotscho tem 40 anos de profissão, já trabalhou nas mais importantes redações do país e, durante dois anos, foi o coordenador da Secretaria de Imprensa e Divulgação do governo Lula. Em entrevista concedida ao jornal O Liberal, ao falar sobre as mudanças na imprensa brasileira o jornalista disse:
"A principal delas é que antes havia a censura e hoje vivemos num regime de plenas liberdades. Em compensação, por incrível que pareça, a imprensa brasileira murchou na cobertura nacional.
Quando eu comecei na profissão, e ao longo de quase três décadas, os jornais tinham sucursais e correspondentes no país inteiro. Hoje, isso quase não existe mais.
Só a TV Globo ainda pode mobilizar jornalistas em qualquer parte do território nacional, a qualquer momento, graças à sua rede de afiliadas e ao investimento maciço que faz em jornalismo.
Vai ver que é porque reportagem de televisão não dá para fazer por telefone ou pela internet, como se tornou moda em nossos jornais impressos e também nas revistas, que deixaram de mostrar o que acontece na vida real dos brasileiros fora dos grandes centros."
2 comentários:
Vai ver que é porque reportagem de televisão não dá para fazer por telefone ou pela internet, como se tornou moda em nossos jornais impressos e também nas revistas, que deixaram de mostrar o que acontece na vida real dos brasileiros fora dos grandes centros.
???
Não entendi esse ultimo paragrafo?!
No último parágrafo, o jornalista fez uma crítica oa jornalismo que é apurado via telefone, e não mais com o repórter presenciando o fato. Como na TV a apuração por telefone não é possível, devido à questão das imagens, é necessário manter uma grande rede de profissionais para que se tenha uma cobertura ampla.
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