Manuel Chaparro, um grande estudioso do jornalismo diz que “é na fonte que o repórter colhe o relato, o testemunho, a opinião, os ais e uis com que compõe a narrativa do cotidiano, sua arte maior.”
A imprensa brasileira parece que esqueceu disso e deveria reavaliar os critérios de credibilidade das fontes que ela utiliza para tornar suas reportagens credíveis. Desde a crise do mensalão até o mais novo escândalo dos dossiês, os jornalistas ficam na mão de lobbystas, corruptos, promotores de factóides.
Basta um qualquer, afundado na lama, citar o nome de alguém para os jornais repercutirem a verborragia como se aquilo fosse a mais pura verdade. Está vergonhoso e fica difícil acompanhar a cobertura das eleições.
O boato decretou o fim do verdadeiro jornalismo investigativo. É hora de rever conceitos, ou a crise de credibilidade vai afetar os veículos ainda mais. Se as cores partidárias estão desbotadas pela falta de ideologia, o tom mais berrante dessas eleições é o marrom, da imprensa.
(Foto: Tupy)
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