O Expresso enviou ao Brasil um correspondente para investigar a ligação do Banco Espírito Santo com o esquema de corrupção que envolve o governo Lula. O sub-diretor da publicação, Nicolau Santos, entrevistou o deputado Roberto Jefferson. O parlamentar disse que o publicitário Marcos Valério esteve três vezes em Portugal, em nome do então ministro José Dirceu, para negociar a venda da Varig. Jefferson mais uma vez poupou o presidente Lula, dizendo que ele não sabia do esquema. Reforçou que o nome Jose Dirceu está ligado a todos os esquemas de caixa 2, inclusive ao episódio do assassinato do prefeito de Santo André, Celson Daniel. Disse ainda que vai deixar a vida pública, pois teria perdido o gosto pela política.
Ao ser questionado sobre a defesa que fez ao então presidente Fernando Collor, muitas vezes acusado de corrupto pelo PT, Roberto Jefferson quase se auto-canonizou, respondendo: "Isso é a mão de Deus. Ele botou o chicote na minha mão. Eu fui o instrumento de Deus para desmanchar isso. Os fariseus sempre fazem isso. O discurso nunca é condizente com a prática. E eu sempre disse isso desde a Comissão Parlamentar de Inquérito do Collor, que todo o moralista é ladrão. Todo o mundo que eu vi fazer marketing da moral e da ética, depois tropeçou."
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