A competente jornalista Mônia Eller, filha de Orlando Eller - uma das referências do jornalismo capixaba, escreve de Londres, onde está morando. Tranquiliza os amigos, dizendo que está bem, e narra um pouco do drama que viveu no fatídico 07 de julho.
Transcrevo o email por ela enviado:
"Muitos estao me perguntando sobre os atentados a Londres. As coisas por aqui começam a fluir normalmente de novo. Mas a cidade virou um verdadeiro caos na quinta-feira. Saí do trabalho às 8 horas e fui de metrô em direção à minha escola, que fica em Euston, uma estaçao antes de King Cross, o local mais atingido. Quando estava em Oxford Circus (a três estações de distância de King Cross), o metrô parou e comecaram a anunciar algo que eu nao entendia. As pessoas foram saindo aos poucos, sem alarde, como se fosse apenas um atraso rotineiro... um congestionamento. Quando eu saí para tentar uma outra linha que me levasse ao meu destino, nada de metrô. Nenhuma linha. E isso em plena Oxford,um dos lugares mais movimentados. Ali comecei a perceber que estava acontecendo algo de diferente. Uma mulher comecou a anunciar 'evacuacao de emergencia'. Quando subi para a rua, um mundarel de gente sem entender nada. Fui pro ponto de ônibus tentar pegar algum, pois todos ja estavam lotados. Consegui pegar um. Mas ate agora nao sei se isso foi uma coisa boa ou ruim, pois havia bombas também nos ônibus. O trânsito estava o caos geral. Polícias pra lá e pra cá... ambulâncias... ruas importantes fechadas. E eu la dentro do ônibus sem entender nada. Quando cheguei proximo a King Cross, comecei a perceber que todo mundo na rua estava falando ao celular, sem exceção. Mas dentro do ônibus pouco se comentava. Até que duas mulheres comecaram a conversar... aí nao aguentei. Perguntei o queestava acontecendo e uma delas resumiu para mim numa unica palavra: bombs. Nao fiquei muito desesperada, pois imaginei ser apenas alguma ameaca de bomba. Quando cheguei em casa fui correndo pra televisao. Que choque!!! Um ônibus explodido e mais três estações de metrô atingidas. Um estrago. Agora é torcer para que mais nada de parecido ocorra."
Além de Mônia, outras duas jornalistas capixabas, que também estão em Londres, avisam que nada sofreram. São elas: Fernanda Porcaro e Yasmine Hofmann.
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