terça-feira, outubro 17, 2006

A PARCIALIDADE ELEITORAL DA IMPRENSA BRASILEIRA

A polêmica em torno da realização do segundo turno para as eleições presidenciais no Brasil tem despertado discussões sobre a ética dos veículos. Segundo alguns observadores, a eleição não se definiu no 1º turno graças à divulgação, no dia do pleito, das imagens do dinheiro (foto) que teria sido usado pelo PT, para comprar um dossiê contra o PSDB. Os veículos são acusados de omitir fatos. Segundo consta, o delegado da Polícia Federal, que autorizou o acesso da imprensa, teria dito que estava empenhado em derrubar o PT, mas ningém divulgou isso. O assunto é destaque esta semana no Observatório da Imprensa.

Apesar de tentar demonstrar perseguir a imparcialidade, a imprensa tem seus escolhidos, e isso não é apenas uma questão de decisão dos donos das empresas de comunicação ou de linha editorial. É uma ideologia que ronda o jornalista, o soldado do exército da imprensa.

Uma pesquisa encomendada pela Aberje - Associação Brasileira de Comunicação Empresarial, e relizada no mês de agosto, comprova as tendências pró-PSDB dentro das redações.
Foram entrevistados 407 jornalistas, de todo Brasil, de diversas empresas. Constatou-se que 72% dos profissionais já tinham candidato definido.

32% votariam em Alckmin, do PSDB
21% votariam em Lula, do PT
16% votariam em Heloísa Helena do Psol
15% estavam indecisos
13% votariam em branco ou anulariam o voto

O mais interessante da pesquisa foi uma pergunta sobre qual é o órgão mais imparcial na cobertura das eleições. "Nenhum" foi o ítem mais citado, escolhido por 24% dos jornalistas.

Agora é aguardar a próxima armadilha midiática que será armada pela imprensa, na tentativa de influenciar o eleitorado que volta às urnas no próximo dia 29.

Um comentário:

leticia goncalves disse...

os ânimos andam (ou estão a andar, como dizem aí em Portugal...rs) tão exaltados na disputa presidencial que uma publicitária petista e uma jornalista tucana foram às vias de fato na última segunda-feira, no Rio de Janeiro...

A tucana arrancou o dedo da outra! Não é modo de falar não...arrancou mesmo, com uma mordida!

Depois disso, acho que nenhum jornalista deveria ser acusado de ser parcial. Para ser parcial mesmo, só se mutilar aguém em prol do candidato...rs

Ps: ah, a tucana também levou uns arranhões no rosto,por obra da petista, mas como publicitário não tem que ser imparcial...rs

Ps2: Sem brincadeira agora, não acho que fatos como esses tenham algo a acrescentar à democracia. Se fosse para decidir no braço, na mordida ou na unhada, não precisava ter eleição...