No segundo painel, com o tema “Políticas da Língua e Identidade” os expositores mostraram a realidade da lusofonia nos seus respectivos países. Eduardo Namburete, da Universidade Eduardo Mondlane, e presidente da Associação Moçambicana de Estudos da Comunicação, trouxe alguns dados estatísticos sobre a realidade lusófona em Moçambique. Os dados, segundo afirmou, são estimativas, mas sugerem uma idéia da situação da língua portuguesa no país. De acordo com o professor, apenas 10% dos moçambicanos têm o português como a língua materna, apesar de ser a língua oficial. 90% têm como primeira língua um dos 23 idiomas falados em Moçambique. O que ocorre, segundo disse, é que o português acaba sendo um língua de exclusão e não um fator de unificação. Isso é acentuado pelo frágil sistema educacional, que utiliza o português, mas que não chega à toda a população.
Além disso, a proximidade de Moçambique com países de língua inglesa tem levado muitas pessoas e optarem por essa língua.
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