quinta-feira, setembro 27, 2007

Tereza Cruvinel na presidência da TV pública brasileira


A jornalista Tereza Cruvinel, colunista de O Globo e comentarista da GloboNews, vai deixar os cargos para assumir a presidência da nova TV pública brasileira.

O convite foi feito pelo ministro-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, Franklin Martins.

O projeto da TV pública gerou muita polêmica no país, desde a definição do que é público e o que é estatal até a serventia do novo canal.

Para alguns, uma forma simplista de comunicação institucional para o governo, para outros a oportunidade de fazer uma programação diferente, atenta às demandas do público, sem interferência de interesses comerciais.
Uma das novidades da TV pública, que desperta a curiosidade dos estudiosos em comunicação no Brasil, é a possibilidade de veiculação de conteúdo produzido pela audiência.

Pela primeira vez na história, os movimentos culturais da periferia pobre, cineastas, músicos, artistas, jornalistas, videomakers, enfim, todo o precariado da comunicação e da cultura, passará a contar com canais de televisão, com abrangência nacional e local, geridos por eles próprios, escreve Fabio Malini, em artigo publicado no Jornal A Gazeta.

Não há data para a posse de Cruvinel na TV, cuja criação ainda não foi concluída.
Foto: ABI

Um comentário:

Sergio Denicoli disse...

Oi Letícia,

Em Portugal há dois canais públicos: a "RTP", que disputa a audiência e os bolos publicitários com os demais canais, e o "2:", que tem essa filosofia de veicular produções independentes. O "2:" é um dos meus preferidos e traz sempre boas produções não comerciais. No entanto, a Europa tem uma tradição de canais públicos, haja vista a BBC. No Brasil, desde sua origem, a televisão tem um cunho privado, sendo que as leis que regulamentam as TVs sempre alijaram os canais estatais para o limbo de se fazer televisão sem publicidade, enquanto outros canais serviam como ponte da propaganda estatal, como foi o caso da Globo durante a Ditadura Militar. Resta saber se esse novo canal vai ser mesmo interessante e se vai cumprir as promessas. Mesmo porque hoje, com as novas tecnologias, ninguém precisa de televisão para publicar algo e essa onda digital só tende a se expandir. A TV como a vemos atualmente provavelmente será inviável no futuro, se não oferecer outras plataformas de mídia, como o acesso à Internet, etc. Ao meu ver essa televisão chega fora de hora. Parece-me apenas mais uma das idéias mirabolantes do govenro Lula.