Em homemangem ao dia da mentira, comemorado em 1º de abril, o curta desta semana é sobre uma falácia que pode ser mais segura que a verdade. O filme é inspirado nos escritos sobre o amor, feitos por Luis Fernando Veríssimo. A direção é de Flávia Moraes. Aproveite o fim de semana!
Link: Mentira
Sinopse: Um marido pacato e fiel percebe que uma mentira cabeluda pode ser mais segura que a verdade inocente. Baseado num conto de Luis Fernando Verissimo.
sábado, março 31, 2007
quinta-feira, março 29, 2007
"A Roda Burra do Jornalismo"
Sempre que estou com estudantes de comunicação, costumo dizer:
"O mundo é feito por pessoas e para pessoas. Portanto, é preciso trabalhar o jornalismo com paixão, é preciso haver envolvimento entre nós e aquela reportagem na qual estamos engajados. Um jornalista jamais pode ser arrogante. Ele deve conversar em tom de igualdade com todas as pessoas - do mais rico ao mais pobre, do mais letrado ao analfabeto - e descobrir os tesouros que vão se transformar em grandes reportagens. É preciso humanizar o trabalho."
Nós, jornalistas, estamos sempre muito ocupados com nossas fontes "importantes", nosso "poder" ilusório e, por isso, muitos acabam por "emburrecer" dentro das redações.
Estava justamente pensando sobre isso quando me deparei hoje com um texto do jornalista José Paulo Lanyi, publicado no site Comunique-se, que foi ao encontro de muitas coisas que eu penso e procuro dizer. Em um artigo extremamente humamo, que Lanyi intitulou "A Roda Burra do Jornalismo", ele diz:
"Todos nós estamos ficando tecnicamente assépticos– ou, se preferir, assepticamente técnicos. Na melhor das hipóteses, manjamos muito da nossa profissão e nada da vida; na pior (que também é a mediana), não manjamos nada da profissão e afetamos saber muito mais do que sabemos da vida (dos outros). "
E muitos ainda questionam se o jornalismo tradicional vai acabar por conta das novas mídias, da Internet, da convergência. Se olharmos mais de perto e mais atentos vamos perceber o óbvio: aquele velho e bom jornalismo já morreu. E nós que o matamos.
"O mundo é feito por pessoas e para pessoas. Portanto, é preciso trabalhar o jornalismo com paixão, é preciso haver envolvimento entre nós e aquela reportagem na qual estamos engajados. Um jornalista jamais pode ser arrogante. Ele deve conversar em tom de igualdade com todas as pessoas - do mais rico ao mais pobre, do mais letrado ao analfabeto - e descobrir os tesouros que vão se transformar em grandes reportagens. É preciso humanizar o trabalho."
Nós, jornalistas, estamos sempre muito ocupados com nossas fontes "importantes", nosso "poder" ilusório e, por isso, muitos acabam por "emburrecer" dentro das redações.
Estava justamente pensando sobre isso quando me deparei hoje com um texto do jornalista José Paulo Lanyi, publicado no site Comunique-se, que foi ao encontro de muitas coisas que eu penso e procuro dizer. Em um artigo extremamente humamo, que Lanyi intitulou "A Roda Burra do Jornalismo", ele diz:
"Todos nós estamos ficando tecnicamente assépticos– ou, se preferir, assepticamente técnicos. Na melhor das hipóteses, manjamos muito da nossa profissão e nada da vida; na pior (que também é a mediana), não manjamos nada da profissão e afetamos saber muito mais do que sabemos da vida (dos outros). "
E muitos ainda questionam se o jornalismo tradicional vai acabar por conta das novas mídias, da Internet, da convergência. Se olharmos mais de perto e mais atentos vamos perceber o óbvio: aquele velho e bom jornalismo já morreu. E nós que o matamos.
quarta-feira, março 28, 2007
Bill Kovach e os "Elementos do Jornalismo"
Bill Kovach, um dos mais conhecidos e respeitados jornalistas dos Estados Unidos, proferiu uma palestra hoje durante as Jornadas de Comunicação da Uminho. É um grande jornalista, de uma geração idealista de profissionais "puro sangue" que, infelizmente, está em extinção.
Suas considerações estão expostas no site Jornalismo e Comunicação. São anotações feitas pelo professor Luís Santos, durante a conferência.
Bill Kovach escreveu, em parceria com Tom Rosenstiel, o livro "Os elementos do jornalismo", onde destaca algumas questões que seriam essenciais para o exercício do jornalismo. São elas:
1 - A primeira obrigação do jornalismo é para com a verdade.
2- O jornalismo deve manter-se leal, acima de tudo, aos cidadãos.
3- A sua essência assenta numa disciplina de verificação.
4- Aqueles que o exercem devem manter a sua independência em relação às pessoas que cobrem.
5- Deve servir como um controle independente do poder.
6- Deve servir de fórum para a crítica e compromisso públicos.
7- Deve lutar para tornar relevante e interessante aquilo que é significativo.
8- Deve garantir notícias abrangentes e proporcionadas.
9- Aqueles que o exercem devem ser livres de seguir a sua própria consciência.
A foto é de Victor Ferreira que, em seu blog "Prometeu", fez também uma ótima cobertura das Jornadas.
terça-feira, março 27, 2007
Questões: O jornalismo do futuro
As palestras do primeiro dia das Jornadas de Comunicação da Universidade do Minho suscitaram algumas inquietações sobre o futuro do jornalismo. Saí do auditório com algumas dúvidas, as quais relato a seguir:
O jornalista do futuro deve ser polivalente ou especializado?
Os comentários deixados por Internautas nos sites de jornais e demais meios devem ser mediados e editados? Quando isso ocorre não seria censura?
Fala-se em falha ética, quando remete-se ao jornalismo cidadão, feito por pessoas comuns. De que ética estamos falando? Os grandes grupos que pasteurizam as informações, como as agências, têm valores-notícia questionáveis e maniqueístas. Há ou houve alguma vez um jornalismo realmente ético?
Ocorreu também uma intervenção muito apropriada feita pelo professor Manuel Pinto, que mediava um dos debates. Na mesa estavam profissionais do meio impresso, de rádio e da televisão. O professor observou que cada um desses profissionais falou também de outras áreas e suportes que já abrangem seus respectivos meios, como Internet e telefones móveis, numa clara alusão às convergências.
As jornadas continuam nesta quarta-feira.
O jornalista do futuro deve ser polivalente ou especializado?
Os comentários deixados por Internautas nos sites de jornais e demais meios devem ser mediados e editados? Quando isso ocorre não seria censura?
Fala-se em falha ética, quando remete-se ao jornalismo cidadão, feito por pessoas comuns. De que ética estamos falando? Os grandes grupos que pasteurizam as informações, como as agências, têm valores-notícia questionáveis e maniqueístas. Há ou houve alguma vez um jornalismo realmente ético?
Ocorreu também uma intervenção muito apropriada feita pelo professor Manuel Pinto, que mediava um dos debates. Na mesa estavam profissionais do meio impresso, de rádio e da televisão. O professor observou que cada um desses profissionais falou também de outras áreas e suportes que já abrangem seus respectivos meios, como Internet e telefones móveis, numa clara alusão às convergências.
As jornadas continuam nesta quarta-feira.
Publicidade na telefonia móvel
O Yahoo anunciou esta semana um serviço de veiculação de publicidade para plataformas móveis. A empresa vai oferecer uma ferramenta que permite adaptar os anúncios para que eles sejam exibidos sempre que o usuário utilizar o serviço de buscas do Yahoo em celulares (telemóveis).
Esses anúncios serão veiculados tanto nos serviços de TV via telefone celular, quando nos acessos à Internet nos aparelhos de telefonia móvel.
A novidade começa a funcionar no segundo trimestre do ano. A estratégia do Yahoo é evitar que a liderança do Google nos PCs seja ampliada também no mercado de buscas móveis. Mas, certamente, o Google dará sua contrapartida.
O mercado de anúncios móveis deve atingir 1,5 bilhão de dólares e chegar a 11 bilhões em 2010.
Outras informações em http://mobile.yahoo.com/business
(Foto: universohq)
segunda-feira, março 26, 2007
Jornadas de Comunicação na Universidade do Minho
O GACSUM -Grupo de Alunos de Comunicação Social da Universidade do Minho, promove, nesta terça e quarta, no campus de Braga, as Jornadas de Comunicação Social. O tema do evento é: "Os Novos Media - uma Babel às costas".
Programação:
Dia 27 de Março (terça-feira)
9h00 - Sessão de Abertura.
Moisés Martins, Felisbela Lopes, Hugo Torres
10h30 - Reputações virtuais?
Júlia Costa, Jorge Sousa, Paulo Brandão, Vasco Ribeiro. Moderadora: Helena Sousa.
14h00 - Futuro sem intermediários?
José Alberto Carvalho, Pedro Leal, António Granado, Paulo Ferreira. Moderador: Manuel Pinto.
17h30 - Lançamento dos livros ‘Comunicação e Lusofonia - Para uma Abordagem Crítica da Cultura e dos Media’ , coordenado por Moisés Martins, Helena Sousa e Rosa Cabecinhas e ‘Marcas e Identidades’, de Teresa Ruão. Apresentação: Moisés Martins.
Dia 28 de Março (quarta-feira)
9h30 - Imagem dispensa palavra?
Teresa Cruz, Luís Carmelo, Anabela Gradim. Moderador: Moisés Martins.
11h30 - Conferência de Bill Kovach.
Apresentador: Joaquim Fidalgo, em colaboração com o Clube dos Jornalistas
14h30 - Consumidor criador?
Pedro Pacheco, Maria João Vasconcelos, Augusto Fraga. Moderadora: Sara Balonas
16h30 - Vídeo assalta película?
Augusto Fraga, Rodrigo Areias, Vânia Gonçalves, João Rei Lima. Moderador: Branco da Cunha.
Programação:
Dia 27 de Março (terça-feira)
9h00 - Sessão de Abertura.
Moisés Martins, Felisbela Lopes, Hugo Torres
10h30 - Reputações virtuais?
Júlia Costa, Jorge Sousa, Paulo Brandão, Vasco Ribeiro. Moderadora: Helena Sousa.
14h00 - Futuro sem intermediários?
José Alberto Carvalho, Pedro Leal, António Granado, Paulo Ferreira. Moderador: Manuel Pinto.
17h30 - Lançamento dos livros ‘Comunicação e Lusofonia - Para uma Abordagem Crítica da Cultura e dos Media’ , coordenado por Moisés Martins, Helena Sousa e Rosa Cabecinhas e ‘Marcas e Identidades’, de Teresa Ruão. Apresentação: Moisés Martins.
Dia 28 de Março (quarta-feira)
9h30 - Imagem dispensa palavra?
Teresa Cruz, Luís Carmelo, Anabela Gradim. Moderador: Moisés Martins.
11h30 - Conferência de Bill Kovach.
Apresentador: Joaquim Fidalgo, em colaboração com o Clube dos Jornalistas
14h30 - Consumidor criador?
Pedro Pacheco, Maria João Vasconcelos, Augusto Fraga. Moderadora: Sara Balonas
16h30 - Vídeo assalta película?
Augusto Fraga, Rodrigo Areias, Vânia Gonçalves, João Rei Lima. Moderador: Branco da Cunha.
Salazar e Cunhal: na televisão, uma mostra do crescimento de idéias anti-democráticas
Um programa da RTP - emissora pública de Portugal, chamado "Os Grandes Portugueses" escolheu, por meio do voto popular, a principal figura histórica de Portugal. Estavam no páreo nomes como Vasco da Gama, Fernando Pessoa, Marquês de Pombal, Camões, etc. Tal programa foi motivo de debates por todo país, durante vários meses.
Surpreendentemente, o mais votado foi o ditador António de Oliveira Salazar (foto) que obteve 41% dos votos. Durante quase meio século, a partir de 1932, Salazar esteve à frente do país por meio de um governo totalitário, baseado na "moral católica" e no surto colonialista. Uma ditadura que atrasou o desenvolvimento da nação, pois, como todo governo anti-liberal, não tinha interesse em investir na educação e formação intelectual da população. Foi com Salazar que, no fim dos anos 60, Portugal se tornou um dos países com um rendimento per capita mais baixo da Europa. No período do salazarismo quase dois milhões de pessoas emigraram das zonas rurais devido à miséria que se encontravam. A maioria foi viver na França, mas muitos foram para o Brasil, Venezuela, etc.
Em segundo lugar no concurso da RTP ficou Álvaro Cunhal, com 19% dos votos. Cunhal foi uma das mais fortes vozes do comunismo português. Foi perseguido pelo salazarismo e passou quase 12 anos preso. Ele encarnava o antagonista do Estado Novo.
É difícil para um estrangeiro entender a lógica de funcionamento de uma sociedade que pouco conhece. O que posso perceber, estando em Portugal há quase 3 anos, é que a democracia está desacreditada e o resultado disso fica explícito em algumas manifestações, como no caso desse concurso de uma televisão, criticado por historiadores pela sua fraca credibilidade.
Nota-se que há uma tendência popular para exaltar idéias totalitárias, de direita ou esquerda.
Em algumas cidades portuguesas, os políticos governam há mais de 30 anos, mesmo que sejam eleitos por voto direto. São reeleitos sucessivamente.
O país também realizou um plebiscito sobre a questão do aborto, que dominou a agenda midiática por meses e meses, mas não teve validade porque o número de pessoas que foi votar foi extremamente baixo.
Seja na Europa, ou na América, as idéias radicais, conservadoras ou de esquerda (se é que há diferença entre as duas) estão indo ao encontro dos anseios de uma sociedade que ainda não conseguiu entender o sistema político democrático.
É mesmo uma questão preocupante, pois, como disse Winston Churchill, em 1947:
"A democracia é a pior forma de governo, com exceção de todas as demais formas que têm sido experimentadas de tempos em tempos"
Surpreendentemente, o mais votado foi o ditador António de Oliveira Salazar (foto) que obteve 41% dos votos. Durante quase meio século, a partir de 1932, Salazar esteve à frente do país por meio de um governo totalitário, baseado na "moral católica" e no surto colonialista. Uma ditadura que atrasou o desenvolvimento da nação, pois, como todo governo anti-liberal, não tinha interesse em investir na educação e formação intelectual da população. Foi com Salazar que, no fim dos anos 60, Portugal se tornou um dos países com um rendimento per capita mais baixo da Europa. No período do salazarismo quase dois milhões de pessoas emigraram das zonas rurais devido à miséria que se encontravam. A maioria foi viver na França, mas muitos foram para o Brasil, Venezuela, etc.
Em segundo lugar no concurso da RTP ficou Álvaro Cunhal, com 19% dos votos. Cunhal foi uma das mais fortes vozes do comunismo português. Foi perseguido pelo salazarismo e passou quase 12 anos preso. Ele encarnava o antagonista do Estado Novo.
É difícil para um estrangeiro entender a lógica de funcionamento de uma sociedade que pouco conhece. O que posso perceber, estando em Portugal há quase 3 anos, é que a democracia está desacreditada e o resultado disso fica explícito em algumas manifestações, como no caso desse concurso de uma televisão, criticado por historiadores pela sua fraca credibilidade.
Nota-se que há uma tendência popular para exaltar idéias totalitárias, de direita ou esquerda.
Em algumas cidades portuguesas, os políticos governam há mais de 30 anos, mesmo que sejam eleitos por voto direto. São reeleitos sucessivamente.
O país também realizou um plebiscito sobre a questão do aborto, que dominou a agenda midiática por meses e meses, mas não teve validade porque o número de pessoas que foi votar foi extremamente baixo.
Seja na Europa, ou na América, as idéias radicais, conservadoras ou de esquerda (se é que há diferença entre as duas) estão indo ao encontro dos anseios de uma sociedade que ainda não conseguiu entender o sistema político democrático.
É mesmo uma questão preocupante, pois, como disse Winston Churchill, em 1947:
"A democracia é a pior forma de governo, com exceção de todas as demais formas que têm sido experimentadas de tempos em tempos"
sexta-feira, março 23, 2007
Curta às sextas: A pessoa é para o que nasce
O filme de hoje foi considerado um dos melhores curtas brasileiros dos últimos tempos. Narra a história de três cegas que cantam o folclore, o amor, o abandono, a cegueira e a lucidez. É um documentário dirigido por Roberto Berliner, que mostra a vida de Conceição, Maria e Regina.
Sinopse: A vertigem da visão. A ausência que provoca excesso. O compromisso com a sobrevivência. A experiência da vida através da falta. Três irmãs cegas cantam em troca de esmola no nordeste brasileito, na cidade de Campina Grande, Paraíba.
Atenção: Ao abrir a janela onde passa o curta, basta clicar duas vezes na imagem para assistir o filme em tela inteira.
Ministério Rede Globo
Uma informação que tem passada despercebida pelos jornais brasileiros é o número de ex-profissionais da Rede Globo que foram convidados pelo presidente Lula para assumir um ministério.
Hélio Costa foi repórter da TV Globo e ajudou a implementar o escritório da emissora em Nova Iorque, onde foi correspondente. Hoje é o Ministro das Comunicações.
Marta Suplicy fazia parte do programa TV Mulher (foto), exibido nos anos 80. Após ampla censura imposta pela ditadura, a liberdade de imprensa permitiu que ela, que é psicóloga, pudesse apresentar um quadro sobre sexualidade. Marta será empossada Ministra do Turismo.
E agora Franklin Martins, que foi editor da Globo em Brasília e comentarista político na emissora, aceitou assumir o Ministério da Imprensa.
Hélio Costa foi repórter da TV Globo e ajudou a implementar o escritório da emissora em Nova Iorque, onde foi correspondente. Hoje é o Ministro das Comunicações.
Marta Suplicy fazia parte do programa TV Mulher (foto), exibido nos anos 80. Após ampla censura imposta pela ditadura, a liberdade de imprensa permitiu que ela, que é psicóloga, pudesse apresentar um quadro sobre sexualidade. Marta será empossada Ministra do Turismo.
E agora Franklin Martins, que foi editor da Globo em Brasília e comentarista político na emissora, aceitou assumir o Ministério da Imprensa.
quinta-feira, março 22, 2007
Estatísticas sobre a Internet no Brasil e nos EUA
Pesquisa do Instituto Ibope, divulgada hoje, revela que 32,9 milhões de brasileiros têm acesso à Internet. O universo da pesquisa leva em consideração apenas pessoas com mais de 16 anos. O Brasil continua a ser o país com maior tempo médio de navegação mensal: 19 horas e sete minutos.
Já o site norte-americano eMarketer divulgou que, nos Estados Unidos, notícias e música são os assuntos que mais interessam aos internautas. 48,6% dos pesquisados vêem clipes de noticias e 47,4% assistem a clipes de musica. Na seqüência, aparecem no ranking os trailers de filmes (32,6%), programas de TV (25,7%), videos postados por usuarios (20,5%), filmes (19,9%) e clipes de esportes (11,2%). Ainda de acordo com o estudo, os usuarios com idade acima de 35 tendem mais a ver clipes de noticias e de esportes. Os que tem entre 18 e 34 têm mais interesse por videos de musica e programas de TV.
(Imagem: Agnix.org)
quarta-feira, março 21, 2007
Universidade alia ensino de comunicação ao de empreendedorismo
O Curso de Comunicacação Social da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) implementou uma nova disciplina: Estudos de mercado e gestão de empreendimentos, projetos e produtos de comunicação, ministrada pelo professor Dr. José Antônio Martinuzzo.
Aliando teoria e prática, o objetivo da disciplina, segundo consta no programa elaborado pelo professor, é:
"Fazer com que o aluno tenha conhecimento global acerca do sistema capitalista e empresarial contemporâneo, assim como da empresa de comunicação, seu funcionamento e seu papel de vida socioeconômica atual. Apresentar cognição a constituição de novos empreendimentos, produtos e mercados de comunicação",
A cadeira vai ao encontro da configuração do mercado de comunicação, em que os meios tradicionais convivem com o crescimento e a solidez de empresas.
Aliando teoria e prática, o objetivo da disciplina, segundo consta no programa elaborado pelo professor, é:
"Fazer com que o aluno tenha conhecimento global acerca do sistema capitalista e empresarial contemporâneo, assim como da empresa de comunicação, seu funcionamento e seu papel de vida socioeconômica atual. Apresentar cognição a constituição de novos empreendimentos, produtos e mercados de comunicação",
A cadeira vai ao encontro da configuração do mercado de comunicação, em que os meios tradicionais convivem com o crescimento e a solidez de empresas.
'Queridinho'
O senador Renato Casagrande (PSB-ES) é o mais novo "chamego" dos jornalistas que cobrem política em Brasília. Secretário-geral do PSB, ele é tido entre os coleguinhas como “fonte quente” no Planalto Central. Em tempo: outro capixaba também já ocupou esse posto. O governador Paulo Hartung (PMDB-ES) até hoje é lembrado na capital federal como um senador que era bom de papo com a imprensa nacional.
Conselho
Dia desses, o novo ministro da Justiça, Tarso Genro, cumprimentava um colega pelo nascimento de sua filha. Entre um tapinha e outro nas costas, foi logo recomendando: "Aproveita essa fase bastante. Porque depois elas crescem e vão para o P-SOL..."
Conselho II
Tarso Genro é pai da deputada federal Luciana Genro (P-SOL-RS). Além de ser co-fundadora do partido, ela é uma das oposicionistas radicais que mais bate no governo do qual ele faz parte. É... o ministro deve saber o que está dizendo.
'Ponto G'
Lembra que o presidente Lula disse que os Estados Unidos e o Brasil precisavam encontrar o "ponto G" nas negociações comerciais? Pois o comentário - maldoso - que circula no Palácio do Planalto é o de que com a sexóloga Marta Suplicy no governo, agora os diálogos bilaterais têm tudo para deslanchar!
terça-feira, março 20, 2007
Quem consome arte hoje?
Li, por indicação do colega jornalista Rafael Paes Henriques, uma entrevista de um dos mais conhecidos especialistas mundiais em marketing das artes e da cultura: François Colbert, professor da École de Hautes Études Commerciales de Montréal.
A entrevista, feita por Rita Curvelo, está publicada no livro "A Cor dos Media", da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica Portuguesa, editado pela Quimera.
Ao ser questionado sobre quem é o consumidor da arte, François Colbert disse:
"Se tivermos em mente a arte erudita, são todos aqueles que tiveram altos níveis de educação ou instrução. (...) Quanto mais contemporâneo for o estilo de arte, mais formação terão os nossos consumidores (70% a 80% são licenciados). As mulheres são o nosso principal target, mas também depende muito do tipo de arte.
Na dança, por exemplo, talvez 70% a 75% do público seja feminino, nos concertos de músicas clássicas não há grandes distinções, no jazz temos mais homens na assistência, enquanto nos museus e teatros temos dois terços de mulheres como consumidoras.
Quanto a hábitos de leitura, temos mais mulheres a ler romances e mais homens a ler jornais. Relativamente ao sector cinematográfico, existem dois grandes segmentos: aquele que engloba pessoas entre os 15 e os 25 anos; e outro que reúne pessoas com idades superiores aos 25 anos.
No que toca à arte mais popular temos um público alvo mais vasto, falamos então da população em geral, independentemente do seu grau académico ou da sua origem geográfica ou social."
Obs: Temos que levar em conta que a lógica do marketing enxerga a arte como fator de consumo, sem romantismos ou grandes indagações. Portanto, não é intenção do post discutir o que é arte, mas sim, mostrar o tema sob um enfoque comercial.
segunda-feira, março 19, 2007
I Encontro Multimédia do ISMT
No próximo dia 28, acontece em Coimbra o I Encontro Multimédia do Instituto Superior Miguel Torga (ISMT). Estarão presentes diversos profissionais das várias áreas do Multimédia, que irão expor e debater idéias. Serão realizados três painéis com as seguintes temáticas: O Mercado do Multimédia; e-Conteúdos na Web 2.0; Desafios do Design para o Ecrã.
O evento conta também com um blog, que pode ser acessado aqui.
sexta-feira, março 16, 2007
Curta às sextas: Acorda!
Você vai conhecer hoje o trabalho do Cineclube Mate com Angu, que há 5 anos faz sucesso na periferia do Rio de Janeiro, direto da Baixada Fluminense. O filme é de Igor Barradas.
Link: Acorda
Sinopse: Uma insônia erótica e agoniante faz com que Dado decida pôr fim de uma vez por todas à sua inércia em relação ao que tem que ser dito e ao que tem que ser feito.A primeira ficção do cineclube Mate com Angu.
Link: Acorda
Sinopse: Uma insônia erótica e agoniante faz com que Dado decida pôr fim de uma vez por todas à sua inércia em relação ao que tem que ser dito e ao que tem que ser feito.A primeira ficção do cineclube Mate com Angu.
As rádios portuguesas na Internet
O engenheiro, professor universitário e investigador, Pedro Portela, concluiu há pouco sua dissertação de mestrado. Ele estudou o universo das rádios de Portugal na Internet e fez um cruzamento dos temas "rádio, Internet e cidadania". Chegou à conclusão que as rádios ainda não sabem explorar o potencial que o mundo em rede proporciona e os ouvintes também não utilizam as ferramentas de interatividade que o meio possibilita.
Em entrevista ao Comum Online, feita por Rita Araújo, Pedro Portela disse:
"30 por cento das rádios estão fora da Internet, ou seja, as rádios cuja actividade principal é hertziana não estão dignamente presentes na Internet e ignoram o potencial que isso lhes pode trazer. Julgo que isso acontece essencialmente porque ainda não perceberam as vantagens inerentes à Internet, estão ainda presas a modelos de negócio ligados apenas à antena hertziana.
Depois, mesmo as que estão presentes online, têm uma presença muito pouco activa. Ainda não foram capazes de compreender a abrangência que a Internet pode trazer à sua estação. De facto, há outras coisas para além de uma emissão sonora que podem servir para chegar não só a públicos mais vastos como a criar produtos de comunicação bem mais interessantes e participativos. Nesse aspecto, encontrei as rádios nacionais, que usam as ferramentas interactivas, embora apenas ao serviço de uma lógica de entretenimento (blogues, fóruns…).
Relativamente a rádios abertas à participação do cidadão comum encontrei muito pouco. Falo da participação do cidadão um pouco como um jornalista; o ciberjornalismo a partir da vivência quotidiana das pessoas. Digamos que aí poderemos estar ainda na pré-história daquilo que é o jornalismo participativo."
(Imagem: Info.Abril)
Em entrevista ao Comum Online, feita por Rita Araújo, Pedro Portela disse:
"30 por cento das rádios estão fora da Internet, ou seja, as rádios cuja actividade principal é hertziana não estão dignamente presentes na Internet e ignoram o potencial que isso lhes pode trazer. Julgo que isso acontece essencialmente porque ainda não perceberam as vantagens inerentes à Internet, estão ainda presas a modelos de negócio ligados apenas à antena hertziana.
Depois, mesmo as que estão presentes online, têm uma presença muito pouco activa. Ainda não foram capazes de compreender a abrangência que a Internet pode trazer à sua estação. De facto, há outras coisas para além de uma emissão sonora que podem servir para chegar não só a públicos mais vastos como a criar produtos de comunicação bem mais interessantes e participativos. Nesse aspecto, encontrei as rádios nacionais, que usam as ferramentas interactivas, embora apenas ao serviço de uma lógica de entretenimento (blogues, fóruns…).
Relativamente a rádios abertas à participação do cidadão comum encontrei muito pouco. Falo da participação do cidadão um pouco como um jornalista; o ciberjornalismo a partir da vivência quotidiana das pessoas. Digamos que aí poderemos estar ainda na pré-história daquilo que é o jornalismo participativo."
(Imagem: Info.Abril)
quinta-feira, março 15, 2007
O que é um podcast?
Retornei com as atividades na Universidade do Minho, onde leciono um módulo de Introdução à Radio e TV, com ênfase nos novos meios de comunicação que não operam na lógica dos veículos de massa. Na cadeira, tenho a oportunidade de trabalhar com podcasts e videocasts.
No último semestre a turma apresentou trabalhos muito bem acabados. Um dos que tiveram a melhor avaliação foi feito por Carolina Lapa e Victor Ferreira. Eles produziram uma reportagem sobre o que é um podcast. Confira:
No último semestre a turma apresentou trabalhos muito bem acabados. Um dos que tiveram a melhor avaliação foi feito por Carolina Lapa e Victor Ferreira. Eles produziram uma reportagem sobre o que é um podcast. Confira:
quarta-feira, março 14, 2007
Google books: testado e aprovado
Afora os debates sobre direitos autorais e as brigas das editoras e da Microsoft com o Google, testei e aprovei o Google Books. Estreei o polêmico sistema de buscas para procurar livros sobre a TV digital. Algumas obras têm o conteúdo liberado online, mas a maioria disponibiliza apenas um preview.
No entanto, mesmo sem a disponibilização de alguns conteúdos completos, a pesquisa me deu um panorama do que é mais atual na área procurada, permitiu que eu lesse algumas páginas, e também os índices, e mostrou que é uma excelente fonte para se construir uma bibliografia.
terça-feira, março 13, 2007
A comunicação empresarial e a transparência
"Já houve um tempo em que se falava da transparência como valor essencial das organizações, no seu relacionamento com a sociedade. Continua a sê-lo. A verdade, porém, é que a transparência tornou-se uma espécie de virtude inevitável, por decorrência dos costumes democráticos e das facilidades de acesso à informação.
E porque se tornaram inevitavelmente transparentes, as organizações devem ter cuidados redobrados com a coerência. Coerência entre o dizer e o agir, entre o que anunciam e o que vendem, entre o que fazem hoje e o que fizeram ontem, entre os compromissos públicos e as ações particulares.”
Manuel Carlos Chaparro (foto), em seu blog "O Xis da Questão", recém lançado.
E porque se tornaram inevitavelmente transparentes, as organizações devem ter cuidados redobrados com a coerência. Coerência entre o dizer e o agir, entre o que anunciam e o que vendem, entre o que fazem hoje e o que fizeram ontem, entre os compromissos públicos e as ações particulares.”
Manuel Carlos Chaparro (foto), em seu blog "O Xis da Questão", recém lançado.
segunda-feira, março 12, 2007
Os 10 anos da blogosfera
No mês de abril os blogs completam 10 anos de existência. No Brasil, o cenário da blogosfera possui algumas referências que precedem a grande onda blogomaníaca. São blogs pioneiros que, numa época ainda de indefinições quanto a esse novo modelo de comunicação, já faziam um jornalismo novo, de opinião e análise, engajado na linguagem online. Um desses blogs é o Intermezzo, editado por Daniela Bertocchi (foto).
Daniela vive há 3 anos em Portugal, onde concluiu um Mestrado e escreveu uma dissertação sobre as narrativas e o ciberjornalismo. Atualmente é professora da Universidade do Minho e está preparando um doutoramento, também na área do jornalismo online.
A investigadora concedeu uma interessantíssima entrevista ao jornalista Tiago Dória, sobre esses 10 anos da blogosfera.
Sobre a adesão dos jornais tradicionais aos blogs, Daniela Bertocchi diz:
"O número de blogs é muito elevado nos meios de comunicação com presença na web. Respeitadas as devidas diferenças editoriais e culturais, a impressão com a qual fico é a de que era preciso 'entrar na onda'.
Mas entraram na onda sem se deixarem contaminar pela cultura digital. Os jornalistas criam e mantêm os seus blogs nos 'big media' seguindo mais a lógica da cultura do jornal impresso. Ou seja, mantêm, de fato, colunas.
Neste sentido, para muitos meios, blog foi apenas uma maquilagem nova para uma velha idéia: a idéia de se fazer uma coluna de opinião. Logo, não são espaços de conversação; não fogem à lógica de comunicação unidirecional."
Leia aqui a entrevista completa.
Daniela vive há 3 anos em Portugal, onde concluiu um Mestrado e escreveu uma dissertação sobre as narrativas e o ciberjornalismo. Atualmente é professora da Universidade do Minho e está preparando um doutoramento, também na área do jornalismo online.
A investigadora concedeu uma interessantíssima entrevista ao jornalista Tiago Dória, sobre esses 10 anos da blogosfera.
Sobre a adesão dos jornais tradicionais aos blogs, Daniela Bertocchi diz:
"O número de blogs é muito elevado nos meios de comunicação com presença na web. Respeitadas as devidas diferenças editoriais e culturais, a impressão com a qual fico é a de que era preciso 'entrar na onda'.
Mas entraram na onda sem se deixarem contaminar pela cultura digital. Os jornalistas criam e mantêm os seus blogs nos 'big media' seguindo mais a lógica da cultura do jornal impresso. Ou seja, mantêm, de fato, colunas.
Neste sentido, para muitos meios, blog foi apenas uma maquilagem nova para uma velha idéia: a idéia de se fazer uma coluna de opinião. Logo, não são espaços de conversação; não fogem à lógica de comunicação unidirecional."
Leia aqui a entrevista completa.
domingo, março 11, 2007
Copiar e Colar
Um trabalho acadêmico ao alcance de dois clicks. O plágio não é invenção da web, mas certamente foi potencializado por ela. Esse é o tema do artigo “Ciber -Plagio Académico. Una aproximación al estado de los conocimientos”, de Rubén Comas & Jaume Sureda, que pode ser lido na íntegra aqui.
Os autores perpassam as pesquisas de outros que tentaram traçar um perfil dos estudantes que aderem à prática, mas logo concluem que os dados não são suficientes para estabelecer uma categoria de plagiadores em potencial.
Já as causas do “Ciber – Plagio” são de fácil apontamento:
a- Intentar obtener mejores calificaciones y resultados académicos
b-Pereza y mala gestión del tiempo dedicado al estudio y elaboración de trabajos
c-Facilidad y comodidad de acceso a material vía Internet
d-Desconocimiento de las normas básicas a seguir para la elaboración de un trabajo académico
Mas o que fazer para coibir o famoso Ctrl + C , Ctrl + V? Os autores relatam experiências em universidades americanas, inglesas e australianas em que programas de computador foram utilizados para detectar o plágio. O sistema, entretanto, não é confiável. A simples troca de palavras do texto original por sinônimos, por exemplo, pode comprometer a identificação.
Embora as pesquisas avancem para a prevenção e combate ao plágio, vê-se um grande obstáculo para que o objetivo seja atingido: se sempre há pessoas a criar regras, sempre há as que estão dispostas a quebrá-las.
Nessa ciranda são prejudicados os direitos do autor e do próprio plagiador que, não obstante alcançar boas notas, nada apreende do conhecimento que deveria.
(imagem: www.irreverendos.com)
Os autores perpassam as pesquisas de outros que tentaram traçar um perfil dos estudantes que aderem à prática, mas logo concluem que os dados não são suficientes para estabelecer uma categoria de plagiadores em potencial.
Já as causas do “Ciber – Plagio” são de fácil apontamento:
a- Intentar obtener mejores calificaciones y resultados académicos
b-Pereza y mala gestión del tiempo dedicado al estudio y elaboración de trabajos
c-Facilidad y comodidad de acceso a material vía Internet
d-Desconocimiento de las normas básicas a seguir para la elaboración de un trabajo académico
Mas o que fazer para coibir o famoso Ctrl + C , Ctrl + V? Os autores relatam experiências em universidades americanas, inglesas e australianas em que programas de computador foram utilizados para detectar o plágio. O sistema, entretanto, não é confiável. A simples troca de palavras do texto original por sinônimos, por exemplo, pode comprometer a identificação.
Embora as pesquisas avancem para a prevenção e combate ao plágio, vê-se um grande obstáculo para que o objetivo seja atingido: se sempre há pessoas a criar regras, sempre há as que estão dispostas a quebrá-las.
Nessa ciranda são prejudicados os direitos do autor e do próprio plagiador que, não obstante alcançar boas notas, nada apreende do conhecimento que deveria.
(imagem: www.irreverendos.com)
sexta-feira, março 09, 2007
Os 50 anos da RTP
Esta semana a RTP - Rádio e Televisão Portuguesa completou 50 anos. A emissora, pública, faz parte da história de Portugal e foi por ela que grande parte da população do país acompanhou relevantes acontecimentos que marcaram o século XX. A emissora chegou ao novo século, liberta das amarras de um governo ditatorial, mas ainda sob a égide dos sucessivos governos democráticos.
Uma interessante análise sobre a trajetória da RTP foi feita por Felisbela Lopes e pode ser lida no blog Jornalismo e Comunicação. Felisbela é doutora em comunicação e tem como principal foco de pesquisa a televisão portuguesa. Há alguns meses fiz uma entrevista com ela que pode ser lida no Ponto de Análises Entrevistas.
Uma interessante análise sobre a trajetória da RTP foi feita por Felisbela Lopes e pode ser lida no blog Jornalismo e Comunicação. Felisbela é doutora em comunicação e tem como principal foco de pesquisa a televisão portuguesa. Há alguns meses fiz uma entrevista com ela que pode ser lida no Ponto de Análises Entrevistas.
Curta às sextas: Visita íntima
Em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, comemorado ontem, o Ponto de Análises coloca em cartaz um curta-metragem que mostra a luta íntima, sofrida e diária de milhares de mulheres brasileiras por seu amor encarcerado. O filme foi exibido recentemente no programa Fantástico, da TV Globo. A direção é de Joana Nin.
Link: Visita íntima
Sinopse: O que faz uma mulher livre escolher um presidiário para desenvolver um relacionamento amoroso? Visita Íntima é um filme sobre amor nesta condição especial. Entre as personagens, algumas conheceram o companheiro na penitenciária, outras visitam o marido há décadas. Elas sentem-se valorizadas por eles e dizem-se bem amadas. São mulheres que insistem num relacionamento cheio de constrangimentos e privações, mesmo sofrendo no dia a dia várias conseqüências desta opção. Neste filme o universo carcerário está presente quase que exclusivamente no relato das mulheres, e nunca sob o ponto de vista dos maridos.
Link: Visita íntima
Sinopse: O que faz uma mulher livre escolher um presidiário para desenvolver um relacionamento amoroso? Visita Íntima é um filme sobre amor nesta condição especial. Entre as personagens, algumas conheceram o companheiro na penitenciária, outras visitam o marido há décadas. Elas sentem-se valorizadas por eles e dizem-se bem amadas. São mulheres que insistem num relacionamento cheio de constrangimentos e privações, mesmo sofrendo no dia a dia várias conseqüências desta opção. Neste filme o universo carcerário está presente quase que exclusivamente no relato das mulheres, e nunca sob o ponto de vista dos maridos.
Bush no Brasil: o que dizem os jornais e blogs do país
Chegou ontem no Brasil o presidente norte-americano (foto). Foi tratar de negociações na área de biocombustível, já que os Estados Unidos são um grande consumidor do álcool brasileiro. Mas essa viagem de Bush tem um caráter muito mais político do que econômico. Visa reduzir o debate socialista que ganha força em toda a América Latina.
Os jornais e blogs brasileiros destacaram a visita de George Bush da seguinte forma:
Folha de S. Paulo
"Por muito tempo a administração do presidente George W. Bush, que hoje visita São Paulo, reservou à América Latina uma diplomacia negligente. (...) São visíveis, porém, os sinais recentes de mudança. (...) Decerto a reorientação diplomática já merece críticas, como a visão de que a ascensão de regimes nacionalistas no hemisfério foi favorecida pela falta de assistência dos EUA aos pobres da região."
O Globo
"Embora a Casa Branca negue, especialistas afirmam que a viagem de Bush à América Latina tem o objetivo específico de contrabalançar a influência do líder venezuelano Hugo Chávez."
Correio Braziliense
"É sempre assim. Aonde quer que vá, Bush se torna alvo de protestos. Mas sua rápida passagem pelo país pode resultar num bom negócio para o Brasil: a transformação do álcool numa alternativa mundial ao petróleo."
Blog do Fernando Rodrigues
"Sejamos francos: essa visita será um nada se não sair algum acordo sobre redução de tarifas dos EUA para importação do álcool brasileiro."
Blog Verbo Solto, de Luiz Weis
"Não se pergunta por que as autoridades brasileiras aceitaram mansamente a logística imposta pelo esquema de segurança da Casa Branca. Ao que parece, só uma exigência americana deixou de ser atendida: a interdição completa de uma das mais críticas artérias da cidade, a Avenida 23 de Maio." (Sobre o caos da chegada de Bush a São Paulo, que causou atraso de mais de 50 vôos e engarrafamentos quilométricos)
Blog do Ancelmo Gois
"Um descompasso marcou o ato anti-Bush, ontem, em frente ao Congresso, em Brasília.
Estudantes apressados atearam fogo num boneco que simbolizava o presidente americano antes que parlamentares chegassem para o evento. Já uma guarnição do Corpo de Bombeiros - desnecessária, por sinal - apareceu depois do ato, quando só havia cinzas do bonecão.
Ou seja, no Brasil, é assim: carbonários da vanguarda vêm antes da hora e bombeiros ou moderadores chegam atrasados."
Os jornais e blogs brasileiros destacaram a visita de George Bush da seguinte forma:
Folha de S. Paulo
"Por muito tempo a administração do presidente George W. Bush, que hoje visita São Paulo, reservou à América Latina uma diplomacia negligente. (...) São visíveis, porém, os sinais recentes de mudança. (...) Decerto a reorientação diplomática já merece críticas, como a visão de que a ascensão de regimes nacionalistas no hemisfério foi favorecida pela falta de assistência dos EUA aos pobres da região."
O Globo
"Embora a Casa Branca negue, especialistas afirmam que a viagem de Bush à América Latina tem o objetivo específico de contrabalançar a influência do líder venezuelano Hugo Chávez."
Correio Braziliense
"É sempre assim. Aonde quer que vá, Bush se torna alvo de protestos. Mas sua rápida passagem pelo país pode resultar num bom negócio para o Brasil: a transformação do álcool numa alternativa mundial ao petróleo."
Blog do Fernando Rodrigues
"Sejamos francos: essa visita será um nada se não sair algum acordo sobre redução de tarifas dos EUA para importação do álcool brasileiro."
Blog Verbo Solto, de Luiz Weis
"Não se pergunta por que as autoridades brasileiras aceitaram mansamente a logística imposta pelo esquema de segurança da Casa Branca. Ao que parece, só uma exigência americana deixou de ser atendida: a interdição completa de uma das mais críticas artérias da cidade, a Avenida 23 de Maio." (Sobre o caos da chegada de Bush a São Paulo, que causou atraso de mais de 50 vôos e engarrafamentos quilométricos)
Blog do Ancelmo Gois
"Um descompasso marcou o ato anti-Bush, ontem, em frente ao Congresso, em Brasília.
Estudantes apressados atearam fogo num boneco que simbolizava o presidente americano antes que parlamentares chegassem para o evento. Já uma guarnição do Corpo de Bombeiros - desnecessária, por sinal - apareceu depois do ato, quando só havia cinzas do bonecão.
Ou seja, no Brasil, é assim: carbonários da vanguarda vêm antes da hora e bombeiros ou moderadores chegam atrasados."
O outro lado: o que o New York Times fala sobre a visita de Bush à América Latina
O jornal The New York Times publicou hoje uma reportagem sobre as repercussões da visita do presidente dos EUA, George Bush, à América Latina. É uma análise interessante e nos mostra a amplitude que Hugo Chávez vem alcançando com seu "socialismo do século XXI". O Brasil, desta vez, fica como coadjuvante, por conta de um governo que não é a favor, nem contra, muito pelo contrário.
Republico a reportagem na íntegra. A tradução é de George El Khouri Andolfato, feita para o UOL.
"Visita de Bush acende o debate dos latinos sobre o socialismo"
Jim Rutenberg, em São Paulo e Larry Rohter, em Buenos Aires, Argentina.
O presidente Bush tem retratado sua viagem à América Latina nesta semana como uma turnê "Nós nos Importamos" que visa a afastar a percepção de que ele tem negligenciado seus vizinhos do sul.
Mas as pichações frescas nas ruas aqui de São Paulo, onde ele pousou na noite de quinta-feira (8/3) para sua primeira parada, o chamam de assassino. O pequeno número de protestos e o posicionamento de veículos militares por toda a cidade, a maior da América do Sul, também apresentam uma interpretação alternativa para sua visita: como um choque entre o capitalismo aberto que Bush promove e a abordagem socialista promovida pelos líderes esquerdistas que crescem em poder e popularidade.
E enquanto o governo se prepara para usar a visita do presidente aos cinco países para acentuar o novo acordo de desenvolvimento de etanol com o Brasil - o produtor mais eficiente do combustível - e programas de atendimento de saúde e educação em outros lugares, grande parte da atenção está concentrada no que poderia ser melhor chamado de "a Briga no Rio".
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, o principal adversário de Bush na região, irá liderar um protesto contra ele em Buenos Aires, assim que Bush chegar, na sexta-feira, a Montevidéu, no Uruguai, que fica do outro lado do Rio da Prata. "Nossos aviões quase cruzarão no caminho", disse Chávez nesta semana, apesar de ter negado qualquer intenção de sabotar a visita de Bush.
Em entrevistas para repórteres latino-americanos nesta semana, Bush minimizou o comício planejado por Chávez, dizendo para um grupo, na terça-feira: "Eu vou a muitos lugares e há manifestações de rua. E minha postura é: eu adoro a liberdade e o direito das pessoas se expressarem".
Mas inadvertidamente ou não, Bush irritou Chávez com um discurso na segunda-feira, em Washington, no qual disse que Simón Bolívar, o herói da luta pela independência na América do Sul - e ídolo de Chávez - "pertence a todos nós que amamos a liberdade". Isto provocou uma resposta dura e sarcástica de Chávez no dia seguinte, durante seu programa de rádio semanal.
Mas apesar das tentativas do governo de minimizar a sombra de Hugo Chávez - que chamou Bush de "o diabo" e tem promovido uma agenda agressivamente antiamericana por toda a região - a viagem em si parece pelo menos em parte voltada a combater sua influência. Chávez conquistou tal influência em parte despejando dinheiro por todas as comunidades pobres da região, para custear habitação e atendimento de saúde, além de fornecer petróleo a preços baixos.
O novo acordo de Bush com o Brasil para aumentar a produção de etanol na região representa uma forma de reduzir a influência que o petróleo de Chávez lhe dá, ao mesmo tempo em que encoraja a criação de empregos e o desenvolvimento econômico. E antes de chegar aqui, Bush anunciou uma série de programas para ajudar os pobres da região, aos quais se referiu, em espanhol, como "trabalhadores e camponeses".
Ele prometeu centenas de milhões de dólares para ajudar as famílias a comprarem casas e disse que enviará um navio-hospital para a região para fornecer atendimento de saúde gratuito.
Em suas entrevistas nesta semana, Bush repetiu que a ajuda dos Estados Unidos à região dobrou durante seu mandato, para cerca de US$ 1,6 bilhão anuais. "Quando se totaliza todo o dinheiro gasto, graças à generosidade de nossos contribuintes, isto representa US$ 8,5 bilhões para programas que promovem a justiça social", incluindo educação e saúde, ele disse aos repórteres na terça-feira.
Mas o ponto de vista aqui dificilmente poderia ser mais diferente. Em um editorial intitulado "O Pífio Pacote do Tio Patinhas", o jornal conservador "O Estado de São Paulo" notou, na quarta-feira, que a oferta de Bush representava "o equivalente ao custeio de cinco dias da guerra no Iraque e uma gota d'água perto do oceano de petrodólares por onde o chavismo navega a todo vapor, da Argentina à Nicarágua".
Alguns dos assessores de Bush disseram estar preocupados com as percepções de que os Estados Unidos negligenciaram seus vizinhos do sul, e a frustração das classes mais baixas que não colheram os benefícios do livre comércio, estarem ajudando a alimentar os movimentos esquerdistas.
Stephen J. Hadley, o conselheiro de segurança nacional de Bush, disse: "Algo que não fizemos bem o suficiente é transmitir a plenitude da mensagem do presidente".
Bush disse aos repórteres que espera combater a mensagem de Chávez promovendo os benefícios do livre comércio. Ao ser perguntado por um repórter sobre o "chamado modelo alternativo de desenvolvimento" de Chávez, que pede pela estatização da indústria, Bush disse: "Eu acredito fortemente que uma indústria dirigida pelo governo é ineficiente e levará a mais pobreza. Eu acredito que se o Estado tentar dirigir a economia, ele ampliará a pobreza e reduzirá a oportunidade." E acrescentou: "Assim, os Estados Unidos trazem uma mensagem de mercados abertos e governos abertos à região".
Mas mesmo os anfitriões brasileiros de Bush parecem divididos em sua reação a tal mensagem. Apesar do encontro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com Bush, nesta sexta-feira, para assinar o acordo do etanol e estar marcada a visita deste a Camp David, em 31 de março, o esquerdista Partido dos Trabalhadores - que ele lidera - optou por apoiar e participar das manifestações anti-Bush.
O partido alertou em seu site que Bush "não conte com o Brasil para ações imperialistas na região". Um ensaio o chamou de "o chefão do terrorismo internacional", enquanto outro declarou que Bush era "persona non grata" no Brasil. "Os Estados Unidos, em geral, e o governo Bush, em particular, são de uma violência brutal", escreveu Valter Pomar, o secretário do partido para relações internacionais. "Nós só estaremos livres desta ameaça quando o povo norte-americano constituir um governo de esquerda."
Em um protesto na hora do rush na região central comercial daqui de São Paulo, vários milhares de ativistas usavam adesivos mostrando Bush com um bigode estilo Hitler e uma suástica ao lado de sua cabeça, com as palavras "Fora Bush".
Com a tropa de choque da polícia posicionada, os manifestantes antiguerra se misturaram a sindicalistas e ambientalistas, que temem que a produção de etanol da cana-de-açúcar poderá prejudicar a Amazônia. Um mar de cartazes dizia "Adolf Bush" ou "Pare de Brincar com o Meio Ambiente".
Posteriormente, a imprensa brasileira noticiou que os policiais usaram gás lacrimogêneo e cassetetes contra os manifestantes que atiravam pedras e enfrentavam os policiais, o que levou centenas a saírem correndo pelas ruas de São Paulo. Não foram informados feridos grave.
Republico a reportagem na íntegra. A tradução é de George El Khouri Andolfato, feita para o UOL.
"Visita de Bush acende o debate dos latinos sobre o socialismo"
Jim Rutenberg, em São Paulo e Larry Rohter, em Buenos Aires, Argentina.
O presidente Bush tem retratado sua viagem à América Latina nesta semana como uma turnê "Nós nos Importamos" que visa a afastar a percepção de que ele tem negligenciado seus vizinhos do sul.
Mas as pichações frescas nas ruas aqui de São Paulo, onde ele pousou na noite de quinta-feira (8/3) para sua primeira parada, o chamam de assassino. O pequeno número de protestos e o posicionamento de veículos militares por toda a cidade, a maior da América do Sul, também apresentam uma interpretação alternativa para sua visita: como um choque entre o capitalismo aberto que Bush promove e a abordagem socialista promovida pelos líderes esquerdistas que crescem em poder e popularidade.
E enquanto o governo se prepara para usar a visita do presidente aos cinco países para acentuar o novo acordo de desenvolvimento de etanol com o Brasil - o produtor mais eficiente do combustível - e programas de atendimento de saúde e educação em outros lugares, grande parte da atenção está concentrada no que poderia ser melhor chamado de "a Briga no Rio".
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, o principal adversário de Bush na região, irá liderar um protesto contra ele em Buenos Aires, assim que Bush chegar, na sexta-feira, a Montevidéu, no Uruguai, que fica do outro lado do Rio da Prata. "Nossos aviões quase cruzarão no caminho", disse Chávez nesta semana, apesar de ter negado qualquer intenção de sabotar a visita de Bush.
Em entrevistas para repórteres latino-americanos nesta semana, Bush minimizou o comício planejado por Chávez, dizendo para um grupo, na terça-feira: "Eu vou a muitos lugares e há manifestações de rua. E minha postura é: eu adoro a liberdade e o direito das pessoas se expressarem".
Mas inadvertidamente ou não, Bush irritou Chávez com um discurso na segunda-feira, em Washington, no qual disse que Simón Bolívar, o herói da luta pela independência na América do Sul - e ídolo de Chávez - "pertence a todos nós que amamos a liberdade". Isto provocou uma resposta dura e sarcástica de Chávez no dia seguinte, durante seu programa de rádio semanal.
Mas apesar das tentativas do governo de minimizar a sombra de Hugo Chávez - que chamou Bush de "o diabo" e tem promovido uma agenda agressivamente antiamericana por toda a região - a viagem em si parece pelo menos em parte voltada a combater sua influência. Chávez conquistou tal influência em parte despejando dinheiro por todas as comunidades pobres da região, para custear habitação e atendimento de saúde, além de fornecer petróleo a preços baixos.
O novo acordo de Bush com o Brasil para aumentar a produção de etanol na região representa uma forma de reduzir a influência que o petróleo de Chávez lhe dá, ao mesmo tempo em que encoraja a criação de empregos e o desenvolvimento econômico. E antes de chegar aqui, Bush anunciou uma série de programas para ajudar os pobres da região, aos quais se referiu, em espanhol, como "trabalhadores e camponeses".
Ele prometeu centenas de milhões de dólares para ajudar as famílias a comprarem casas e disse que enviará um navio-hospital para a região para fornecer atendimento de saúde gratuito.
Em suas entrevistas nesta semana, Bush repetiu que a ajuda dos Estados Unidos à região dobrou durante seu mandato, para cerca de US$ 1,6 bilhão anuais. "Quando se totaliza todo o dinheiro gasto, graças à generosidade de nossos contribuintes, isto representa US$ 8,5 bilhões para programas que promovem a justiça social", incluindo educação e saúde, ele disse aos repórteres na terça-feira.
Mas o ponto de vista aqui dificilmente poderia ser mais diferente. Em um editorial intitulado "O Pífio Pacote do Tio Patinhas", o jornal conservador "O Estado de São Paulo" notou, na quarta-feira, que a oferta de Bush representava "o equivalente ao custeio de cinco dias da guerra no Iraque e uma gota d'água perto do oceano de petrodólares por onde o chavismo navega a todo vapor, da Argentina à Nicarágua".
Alguns dos assessores de Bush disseram estar preocupados com as percepções de que os Estados Unidos negligenciaram seus vizinhos do sul, e a frustração das classes mais baixas que não colheram os benefícios do livre comércio, estarem ajudando a alimentar os movimentos esquerdistas.
Stephen J. Hadley, o conselheiro de segurança nacional de Bush, disse: "Algo que não fizemos bem o suficiente é transmitir a plenitude da mensagem do presidente".
Bush disse aos repórteres que espera combater a mensagem de Chávez promovendo os benefícios do livre comércio. Ao ser perguntado por um repórter sobre o "chamado modelo alternativo de desenvolvimento" de Chávez, que pede pela estatização da indústria, Bush disse: "Eu acredito fortemente que uma indústria dirigida pelo governo é ineficiente e levará a mais pobreza. Eu acredito que se o Estado tentar dirigir a economia, ele ampliará a pobreza e reduzirá a oportunidade." E acrescentou: "Assim, os Estados Unidos trazem uma mensagem de mercados abertos e governos abertos à região".
Mas mesmo os anfitriões brasileiros de Bush parecem divididos em sua reação a tal mensagem. Apesar do encontro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com Bush, nesta sexta-feira, para assinar o acordo do etanol e estar marcada a visita deste a Camp David, em 31 de março, o esquerdista Partido dos Trabalhadores - que ele lidera - optou por apoiar e participar das manifestações anti-Bush.
O partido alertou em seu site que Bush "não conte com o Brasil para ações imperialistas na região". Um ensaio o chamou de "o chefão do terrorismo internacional", enquanto outro declarou que Bush era "persona non grata" no Brasil. "Os Estados Unidos, em geral, e o governo Bush, em particular, são de uma violência brutal", escreveu Valter Pomar, o secretário do partido para relações internacionais. "Nós só estaremos livres desta ameaça quando o povo norte-americano constituir um governo de esquerda."
Em um protesto na hora do rush na região central comercial daqui de São Paulo, vários milhares de ativistas usavam adesivos mostrando Bush com um bigode estilo Hitler e uma suástica ao lado de sua cabeça, com as palavras "Fora Bush".
Com a tropa de choque da polícia posicionada, os manifestantes antiguerra se misturaram a sindicalistas e ambientalistas, que temem que a produção de etanol da cana-de-açúcar poderá prejudicar a Amazônia. Um mar de cartazes dizia "Adolf Bush" ou "Pare de Brincar com o Meio Ambiente".
Posteriormente, a imprensa brasileira noticiou que os policiais usaram gás lacrimogêneo e cassetetes contra os manifestantes que atiravam pedras e enfrentavam os policiais, o que levou centenas a saírem correndo pelas ruas de São Paulo. Não foram informados feridos grave.
quinta-feira, março 08, 2007
Microsoft X Google: briga de gigantes
"O Google tenta tudo que pode para contornar os limites da lei sobre os direitos de autor"
Thomas Rubin, conselheiro jurídico da Microsoft, em artigo que escreveu para o Financial Times.
Como o texto é exclusivo para assinantes do jornal, republiquei todo o artigo original (em inglês) no Ponto de Análises Textos. Vale a pena ler e se inteirar das direções pelas quais caminham os interesses dos "donos" da era da informática.
Thomas Rubin, conselheiro jurídico da Microsoft, em artigo que escreveu para o Financial Times.
Como o texto é exclusivo para assinantes do jornal, republiquei todo o artigo original (em inglês) no Ponto de Análises Textos. Vale a pena ler e se inteirar das direções pelas quais caminham os interesses dos "donos" da era da informática.
quarta-feira, março 07, 2007
As 50 pessoas mais influentes da web
A PC World elegeu as 50 pessoas mais influentes da internet. A lista, na verdade com 62 nomes , é realizada anualmente pela revista. Personalidades que atuam diretamente na criação de sites e ferramentas populares na rede se destacam.
O podium não tem surpresas. Os executivos do Google, Eric Schmidt, Larry Page, e Sergey Brin, que estão "dominando quase completamente a web", segundo a PC World, dividem o primeiro lugar.
Em seguida, Steve Jobs, da Apple, que ajudou a popularizar o download legal de músicas e filmes na web, sem contar sua última criação, o Iphone.
O terceiro e quinto lugares são mais interessantes.
A terceira posição foi reservada para o Cofundador do Bittorrent, Bram Cohen. Criado em 2001, o programa de compartilhamento de arquivos, que permite o download de filmes, por exemplo, já entrou em algumas polêmicas envolvendo direitos autorais, mas recentemente, inovou ao disponibilizar arquivos legalmente.
Já o quinto colocado é Jimmy Wales, fundador da Wikipedia, a "enciclopédia livre" que vive às voltas com os questionamentos sobre a validade de suas informações, que podem ser modificadas constantemente pelos usuários. A tecnologia Wiki, entretanto, impunsionou a web 2.0 e criou um vínculo de colaboração e disseminação do conhecimento.
O podium não tem surpresas. Os executivos do Google, Eric Schmidt, Larry Page, e Sergey Brin, que estão "dominando quase completamente a web", segundo a PC World, dividem o primeiro lugar.
Em seguida, Steve Jobs, da Apple, que ajudou a popularizar o download legal de músicas e filmes na web, sem contar sua última criação, o Iphone.
O terceiro e quinto lugares são mais interessantes.
A terceira posição foi reservada para o Cofundador do Bittorrent, Bram Cohen. Criado em 2001, o programa de compartilhamento de arquivos, que permite o download de filmes, por exemplo, já entrou em algumas polêmicas envolvendo direitos autorais, mas recentemente, inovou ao disponibilizar arquivos legalmente.
Já o quinto colocado é Jimmy Wales, fundador da Wikipedia, a "enciclopédia livre" que vive às voltas com os questionamentos sobre a validade de suas informações, que podem ser modificadas constantemente pelos usuários. A tecnologia Wiki, entretanto, impunsionou a web 2.0 e criou um vínculo de colaboração e disseminação do conhecimento.
terça-feira, março 06, 2007
Morre Jean Baudrillard
O jornal francês Libération acaba de anunciar a morte do sociólogo e filósofo Jean Baudrillard (foto). Ele tinha 77 anos e faleceu em Paris.
Baudrillard foi um dos principais críticos dos meios de comunicação de massa e da sociedade do consumo. Dizia que a realidade construída pela cultura de massa transforma o homem em elemento virtual do sistema, enquanto a máquina ocupa seu papel. A obra dele foi uma das fontes inspiradoras para a criação da trilogia hollywoodiana Matrix. Em tempo: Baudrillard se recusava a falar inglês.
Entre suas publicações estão:
O sistema dos objetos (1968)
À sombra das maiorias silenciosas (1978)
Da Sedução (1979)
Simulacros e Simulação (1981)
América (1988)
Cool Memories I (1990)
A troca impossível (1999)
O lúdico e o policial (2000)
É triste quando morre um gênio.
Baudrillard foi um dos principais críticos dos meios de comunicação de massa e da sociedade do consumo. Dizia que a realidade construída pela cultura de massa transforma o homem em elemento virtual do sistema, enquanto a máquina ocupa seu papel. A obra dele foi uma das fontes inspiradoras para a criação da trilogia hollywoodiana Matrix. Em tempo: Baudrillard se recusava a falar inglês.
Entre suas publicações estão:
O sistema dos objetos (1968)
À sombra das maiorias silenciosas (1978)
Da Sedução (1979)
Simulacros e Simulação (1981)
América (1988)
Cool Memories I (1990)
A troca impossível (1999)
O lúdico e o policial (2000)
É triste quando morre um gênio.
Livro fala sobre a língua portuguesa no mundo
Recebi da Dra. Helena Sousa um livro que possivelmente é a mais atual publicação científica sobre a lusofonia.
Editado por Moisés de Lemos Martins, Helena Sousa e Rosa Cabecinhas, a obra, intitulada "Comunicação e Lusofonia: para uma abordagem crítica da cultura e dos media", é uma publicação do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade, da Universidade do Minho.
Aborda as relações e construções lingüísticas dos países que falam português. O lançamento é da Campo das Letras. No site da editora é possível comprar o livro por 13,99 euros.
O prefácio destaca:
"A lusofonia é uma construção extraordinariamente difícil. É um espaço geolinguistico altamente fragmentado, um sentido pleno de contradições, uma memória de um passado comum, uma cultura múltipla e uma tensa história partilhada".
Editado por Moisés de Lemos Martins, Helena Sousa e Rosa Cabecinhas, a obra, intitulada "Comunicação e Lusofonia: para uma abordagem crítica da cultura e dos media", é uma publicação do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade, da Universidade do Minho.
Aborda as relações e construções lingüísticas dos países que falam português. O lançamento é da Campo das Letras. No site da editora é possível comprar o livro por 13,99 euros.
O prefácio destaca:
"A lusofonia é uma construção extraordinariamente difícil. É um espaço geolinguistico altamente fragmentado, um sentido pleno de contradições, uma memória de um passado comum, uma cultura múltipla e uma tensa história partilhada".
segunda-feira, março 05, 2007
Governo brasileiro levará ao ar quatro redes públicas de TV
"O governo prepara-se para pôr no ar, em 2008, quatro novas redes de TV: um canal do Executivo, um de Educação, um de Cultura e, por último um canal de Cidadania, a ser compartilhado com os municípios. Serão redes públicas, submetidas ao controle estatal. O projeto técnico já está pronto. Foi elaborado pela equipe do ministro Hélio Costa (Comunicações). Prevê que, num prazo de quatro anos, as novas redes estarão em pleno funcionamento".
O texto é do Blog do Josias de Souza. No post o blogueiro da Folha On line conta ainda que a intenção do Governo é criar uma rede nos moldes da BBC inglesa.
O texto é do Blog do Josias de Souza. No post o blogueiro da Folha On line conta ainda que a intenção do Governo é criar uma rede nos moldes da BBC inglesa.
O Observatório da Imprensa de Portugal
Já estou em Portugal depois de uma longa e cansativa viagem. Neste primeiro post após meu retorno à bela terra de Camões, quero destacar o excelente trabalho desenvolvido pelo Observatório da Imprensa de Portugal.
O site pode ser considerado uma referência no país. Além de colocar em debate assuntos polêmicos e destacar importantes notícias do mundo do jornalismo, disponibiliza links para os últimos posts dos blogs jornalísticos feitos em Portugal (o Ponto de Análises, orgulhosamente, é um deles, apesar de ser escrito em português do Brasil).
O grupo que mantém o site se apresenta da seguinte forma: "O Observatório da Imprensa – Centro de Estudos Avançados de Jornalismo é uma associação privada sem fins lucrativos, constituída por um grupo de profissionais ligados à actividade jornalística, e foi criado em 1994, tendo por objectivo genérico contribuir para melhorar a qualidade do jornalismo praticado em Portugal. "
Sou um assíduo leitor e recomendo.
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