COIMBRA EM CHAMAS

Famosa por sua universidade e pelo clima de romantismo, a cidade de Coimbra viveu horas de pânico em função de vários focos de incêndio que começaram na periferia e chegaram a atingir a entrada do município. Entre a madrugada de domingo e o dia de ontem 255 bombeiros e centenas de voluntários trabalharam sem parar para conter o fogo que se alastrou em Miranda do Corvo, Carvalhosas, Almalaguês, Torres do Mondego, Castelo Viegas, Ceira, Poiares e Casal de Matos. Para se ter uma idéia da gravidade, as chamas consumiram 20km de mata na Serra do Carvalho em apenas três horas. Na cidade, o fogo chegou perto do Pólo II, onde está localizada a Faculdade de Ciências da Universidade de Coimbra. Mas o que chama a atenção neste drama é que tanto Brasil quanto Portugal não estão preparados para combater grandes incêndios. Nas aldeias próximas a Coimbra, a principal reclamação era a demora na chegada dos bombeiros que, por sua vez, estavam combatendo as chamas em outras localidades. Nesta hora, são os próprios moradores que entram em cena com mangueiras e baldes d’água. Além da falta de pessoal, os soldados do fogo chegam a trabalhar à exaustão, como no concelho de Penacova, onde não há regime de substituição e todos têm que estar a postos, conforme revelou o presidente da Câmara de Coimbra, Carlos Encarnação, que lamentou ainda a escassez de meios aéreos para ajudar. Dois helicópteros alemães de combate ao fogo já estão em Portugal, mas estão trabalhando na região de Santa Comba Dão. (Foto: SIC online)