quarta-feira, abril 02, 2008

A África omitida pelo jornalismo brasileiro


Em 2006 finalizei um estudo sobre as notícias internacionais que eram veiculadas no Jornal Nacional e descobri que, do total de matérias feitas no exterior e veiculadas no principal telejornal da Globo, metade era proveniente dos correspondentes da emissora nos Estados Unidos.

Tal disparidade em relação ao resto do mundo encontra seu maior exemplo na falta de um correspondente da emissora na África.

Ou seja, temos um país dominando a tela internacional da principal emissora de TV do Brasil e temos um continente inteiro que é praticamente omitido.

Minha indagação não consegue encontrar uma resposta para esse fato. Os agendamentos noticiosos têm diversos critérios, mas não consigo achar algum que me mostre o real motivo da omissão brasileira em relação à África, que não ocorre somente na Globo, mas em quase todos os veículos de comunicação do país.

Morando há quase 4 anos em Portugal, confesso que sinto-me bem mais informado sobre a política mundial, sobretudo no que se refere ao continente africano, a partir dos jornais lusitanos, cujas tiragens são mínimas se comparadas às dos grandes jornais brasileiros.

Aliás, cabe ressaltar a boa cobertura que o jornal português Público vem dando às complicadas eleições do Zimbabwe, como você pode conferir aqui. Será que a Globo deu alguma coisa sobre o assunto??

2 comentários:

The unknown human who sold the world disse...

Só chega aqui se for alguma notícia de guerrilha. Muito mal e porcamente. Triste. Eu queria saber mais sobre os filmes africanos. Certa vez li sobre filmes feitos por celulares. Um longa metragem inteiro foi rodado por celular. Porém, não ouvi mais nada depois. VOcê sabe de algo nesse setor?

Sergio Denicoli disse...

Olá minha querida escritora!

Não conheço o cinema africano. Assisti apenas uma obra, de Burkina Faso, sobre o 11 de setembro. Era um curta metragem sobre sobre dois meninos que encontraram um sósia do Bin Laden no país e planejavam sequestrá-lo para ganhar a recompensa oferecida pelos EUA.
Infelizmente o mercado hollywoodiano nos impede de ter acesso ao que é produzido em países da África, Ásia, etc, etc.

Em relação a mestrados e doutorados em Portugal e na Europa, conforme já tinha me perguntado, o acesso é menos difícil do que se pensa e há bolsas, como as oferecidas pelo programa Erasmus Mundus, que você pode acessar no site http://ec.europa.eu/education/programmes/mundus/index_en.html

Abraços!