Há algum tempo recebi, via email, um link para o vídeo de uma mulher que não conseguia falar corretamente o endereço "www.youtube.com". A filmagem pareceu-me uma agressão à "personagem em cena" e um culto à falta de conhecimento.
Mas, em poucos dias, o vídeo virou "febre" na Internet e se transformou em motivo de conversas, ou seja, foi "agendado" pela web, na lógica do agenda-setting, como acontece com o que é veiculado nos meios de comunicação de massa.
A faxineira Maria Sônia de Souza, que nunca tinha ouvido falar da Web e muito menos do YouTube, acabou virando uma"marca", que agora é utilizada por uma loja virtual, que vende eletroeletrônicos. Em reportagem no site G1, da Rede Globo, ela diz:
"Não sei se vou ganhar dinheiro com isso. Eu deixo tudo na mão de Deus e olha o que está acontecendo na minha vida: eu fiquei famosa, já sai em jornal, ganhei a loja e até dou autógrafos na rua".
Estranha esta era em que vivemos, muito estranha...
Veja o vídeo da heroína virtual, mítica e pós-moderna:
2 comentários:
não compreendi o seu ponto de vista
mas acredito que esse momento é único na história da comunicação
ainda não saBemos rotular o q está havendo
por isso gosto... mesmo com cenas aparentemente preconceituosas... ou
aparentemente futeis...
não sei... não sei...
É que esta era pós-moderna é hedonista e, com a tecnologia, a possibilidade de divulgação de atos como o da Sônia amplia os valores vazios deste tempo. Foi isso que quis dizer.
Abç
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